© Filipe Santos, 2019

O Museu dos Sons Perdidos. Paisagens sonoras de Filipe Faria, a partir de Idanha-a-Nova - provavelmente o lugar mais bonito do mundo - um território UNESCO como Reserva da Biosfera, território do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional e Cidade Criativa da Música, cruzando material e imaterial.

“Dizem que Guglielmo Marconi (1874-1937), físico e inventor italiano, padrinho da tecnologia rádio, acreditava que o som não morre. Sonhava ouvir os sons perdidos, tocar nessas frequências eternas. 
Podíamos ouvir tudo. Ouvir a primeira inspiração dos nossos filhos e dos nossos pais. Ouvir o primeiro grito da Humanidade, cada sermão, conselho sábio ou riso de todas as gerações. Ouvir o som grave da primeira erupção ou o canto agudo daquela ave que escapou para longe. Todos nós podíamos ouvir tudo. Ouvir tudo, para sempre. 
Depois de produzido, o som não morria mas perdia poder, enfraquecia. Estas ondas sonoras, fracas, sem destino preciso, permaneciam eternamente a flutuar. Qualquer som podia, em teoria, ser recuperado. Ouvido pela primeira ou pela enésima vez. Qualquer som de qualquer lugar ou tempo passado. O primeiro e o último. Um som perdido podia ser ouvido, novamente, com o equipamento certo. Um equipamento poderoso. Um que conseguisse ouvir e escolher. Um por inventar.
Todos os sons são sons perdidos… ondas que flutuam, independentes de outras vontades, até que alguém as consiga sentir ou sem destinatário. Persistentes. Frágeis. Mudas. Flutuações brutais ou discretas. Gritos ou sussurros. Ruídos. Vozes. Com todas as histórias do mundo.
Ainda não foi possível inventar aquele equipamento poderoso com que poderíamos ouvir todos os sons perdidos, mas inventámos a forma de os guardar. Hoje, conseguimos ouvir o dia de ontem, desta ou de outra geografia. Mais ou menos secreto. Enchemos o planeta de sons perdidos. Sons que, dependendo da nossa vontade, podem voltar a ser produzidos.
A construção de um Museu dos Sons Perdidos parte daqui... da tentativa de perpetuar as ondas das memórias pessoais e colectivas de uma comunidade... e o seu potencial criativo. Fundador. Reconfortante. Assustador. 
A paisagem sonora de todos e de cada um, construída pelas biofonias, geofonias e antropofonias de um território… o mundo silencioso a partir do qual nasceu.
E a imagem, um veículo.” Filipe Faria

O Museu dos Sons Perdidos, um projecto Arte das Musas, da autoria de Filipe Faria, com o apoio do Ministério da Cultura/Direcção-Geral das Artes e do Município de Idanha-a-Nova.

 

Museu dos Sons Perdidos
Biofonias, Geofonias e Antropofonias
Paisagem Sonora sobre Paisagem
Som sobre fotografia

Um projecto de:
Filipe Faria

Livros:
Antes dela dormir (2022)
Aqui estão as palavras todas (2022)
As cantigas são tantas, que a mim até se mudam (2023)

Podcast:
Autor: Filipe Faria
Produzido por: Arte das Musas
Genérico:
Voz off: Rita Santos
Voz cantada: Idalina Gameiro (Penha Garcia, Idanha-a-Nova, Portugal)

Website:
www.museudossonsperdidos.pt

Estrutura financiada por:
Ministério da Cultura
\Direcção-Geral das Artes

Um projecto:
Arte das Musas

Uma parceria:
Município de Idanha-a-Nova
\UNESCO Creative City of Music

Podcast disponível em:

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